sexta-feira, 19 de novembro de 2010

                 FIMMMMMMMMMMMMMMMM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!                           
Ás atividades realizadas no meu blog, foram muito tri, adorei fazer este blog, fazer atividades, etc. Bom! O que eu entendi e aprendi, sobre a educação ambiental, é que a gente, devemos cuidar mais de nosso ambiente, reciclar lixos, não jogar lixos no chão,etc..........
 Eu adoro fazer educação física, eu adoro me movimentar, jogar bola, fazer atividades, correr, etc........
 Bom! espero que vcs gostaram do meu blog! Valeu pela ateção!  

        TCHAAAAAAUUUUU!!!!!!!!!!! 
                                                              
 
PROBLEMAS AMBIENTAIS

Muitos são os problemas ambientais no Rio Grande do Sul, resultantes na sua maioria, das formas de apropriação e uso que a sociedade faz dos chamados recursos naturais.
Alguns desses problemas são facilmente identificáveis por abranger grandes extensões territoriais ou por influirem diretamente nas condições de qualidade de vida de um grande número de habitantes em diferentes locais do Estado.
O reconhecimento de sua ocorrência é fundamental para a definição de ações e políticas públicas e para o envolvimento maior da sociedade civil. No mesmo sentido, a identificação destes fenômenos utilizando a unidade territorial da bacia hidrográfica auxilia na compreensão da dinâmica ambiental a que estes estão diretamente relacionados.

Nova lei do lixo estabelece responsabilidades para todos

O presidente Lula sancionou a Lei Nacional dos Resíduos Sólidos, a lei do lixo que tramitava há 20 anos no Congresso. Em quatro anos, vai por fim aos lixões e, inclusive, estabelece responsabilidades compartilhadas entre governo, indústria, comércio e consumidores sobre o destino final do lixo.
Essa á uma lei muito importante, a partir de agora, muita coisa vai mudar no Brasil. Ela cria para as empresas responsabilidades por todo o ciclo do produto. Mas o consumidor também tem que participar desse processo: em alguns casos, voluntariamente, mas em outros, terá de fazer a devolução do produto, como no caso do celular.
Isso muda muito, porque sempre se considera que o governo tem de fazer tudo; desta vez, a sociedade e as empresas também terão de fazer. As prefeituras não podem abrir lixão nenhum a partir de agora, tem um prazo para construir aterro sanitário.
O Brasil vai ter uma lei com obrigações para o setor público, para as empresas e consumidores. Alguns pontos da lei precisam de regulamentação, mas outros são de aplicação imediata. O consumidor, agora, quando fizer o trabalho de separar seu lixo, vai ter certeza de que aquele trabalho terá continuidade. O país começa a se organizar nesse assunto tão sério.
A reciclagem do lixo é importânte, pq,  preserva o meio ambiente.

Escola Ecológica

O planeta terra pede SOCORROOOOO..........

O Planeta Terra Pede Socorro
 
Texto de Patrícia Spina Salem
Fontes:
www.redeambiente.org.br;
www.lixo.com.br;
www.comciencia.br/reportagens/clima/clima11.htm; www.fundacaoboticario.org.br/site/br/home/index.htm;
www.brasilpnuma.org.br/;
www2.rio.rj.gov.br/comlurb/serv_coleta.htm; www.cecae.usp.br/recicla/seulixo/oseulixo.html



Quem lê um jornal, freqüentemente se depara com notícias do tipo: o planeta Terra está aquecendo, as geleiras estão derretendo, os rios contaminados matam peixes e intoxicam a população local, o buraco na camada de ozônio e os gases do efeito estufa preocupam os cientistas. Essas e outras notícias, de tão exaustivamente batidas, acabam passando como qualquer outra, mas a questão é: até quando vamos ignorar um pedido de socorro do nosso planeta? Será que teremos que esperar a água de nossas casas acabar ou o calor se tornar insuportável? Devemos aguardar que as conseqüências batam a nossa porta de forma inexorável para só então percebermos o quanto fomos inconseqüentes e irresponsáveis com o patrimônio natural que nos foi presenteado?
Infelizmente, nós seres humanos, de uma forma geral, nos consideramos superiores a tudo e a todos que habitam o planeta. Essa pretensa superioridade não nos permite enxergar que somos tão dependentes da saúde do ambiente quanto um peixe é do oxigênio contido na água. A tendência à superioridade, somada à ganância incondicional, nos tornaram as maiores ameaças à vida no planeta. Além de destruir a grande biodiversidade do planeta, seremos vítimas de nossos próprios erros e vamos sofrer fortemente as conseqüências.
A falta de conscientização e respeito do ser humano contribui sobremaneira para a degradação ambiental acelerada. O desperdício e mal uso dos recursos naturais, o errado descarte de lixo e outros resíduos, o aumento de gases emitidos para a atmosfera e o desmatamento descontrolado são apenas alguns exemplos de desenvolvimento insustentável.
Tempo que seu lixo leva para se degrada
Vidro
Linha de nylon
Frauda descartável
Garrafa de plástico
Lata de alumínio
Plástico
Metal
Isopor
Copo de plástico
Saco plástico
Corda
Madeira pintada
Filtro de cigarro
Chiclete
Papel
até 1 milhão de anos
600 anos
450 anos
450 anos
200 anos
100 anos
100 anos
80 anos
50 anos
35 anos
30 anos
3 anos
5 anos
5 anos
3 a 6 meses

Dados obtidos de pesquisas que têm sido realizadas no mundo inteiro, revelam que o Planeta Terra está sofrendo diariamente com as intervenções causadas pela ações antrópicas. As reações que presenciamos nos últimos anos nos mostram que a natureza responde de maneira drástica. “É bem provável que tenhamos de enfrentar uma catástrofe ecológica no próximo século, a não ser que mudemos nosso estilo de vida, nossa economia e nossas instituições. A parte mais importante do novo paradigma consiste em construir uma sociedade que nos permita satisfazer as necessidades do povo sem destruir o sistema que nos sustenta e sem acabar com nossas reservas naturais. Enfim, uma sociedade na qual possamos nos manter sem destruir ou reduzir as oportunidades para futuras gerações” afirmou o físico quântico Fritjof Capra.

Lixo

A crescente preocupação com o meio ambiente tem levado algumas pessoas a mudar seus hábitos. A reutilização do lixo, objetivando a preservação ambiental, o incentivo à coleta seletiva e a reciclagem de diversos tipos de material já vêm sendo adotados nas principais sociedades. Isto porém ainda não é o bastante. O desperdício é enorme e ecologicamente incorreto. Somente nos Estados Unidos são gerados 200 milhões de toneladas de lixo por ano, uma média de 725 quilos por habitante. Mesmo quando comparado com a capital do Brasil, que é quem mais desperdiça lixo, esse número é alarmante. Brasília produz 438 quilos por habitante por ano. Que dirá quando comparado aos países africanos, cuja média de consumo por habitante é 40 vezes menor do que a americana.
Uma criança nascida em um país industrializado colabora para o desperdício e a poluição ambiental na mesma proporção que 30 a 50 crianças nascidas nos países em desenvolvimento. Com o crescente aumento populacional e o consumismo em ritmo acelerado, a tendência é produzirmos cada vez mais lixo. Se continuarmos jogando nosso lixo para fora de casa e não dermos uma solução sustentável para o problema, nossos netos ou bisnetos precisarão de outro planeta para abrigar tanto lixo.
Segundo a ASMARE (Associação dos catadores de material reaproveitável), 64% dos municípios brasileiros destinam seus resíduos sem tratamento a lixões ou a cursos de água e em 20 % dos domicílios brasileiros, o lixo nem chega a ser coletado. Engana-se quem ainda pensa que o problema do lixo acaba na hora em que é deixado na porta de casa para coleta dos serviços de limpeza urbana. A maioria dos brasileiros não sabe para onde os resíduos são destinados e o que acontecerá com eles. Os diversos aterros sanitários e lixões hoje existentes no país já estão com suas capacidades esgotadas.
As praias são um outro exemplo de nosso descaso com a natureza. No últimos anos, as praias vêm se transformando em verdadeiros depósitos de lixo público. Além de as areias estarem acumulando materiais inorgânicos que podem levar até 100 anos para se degradar, como o plástico (veja tabela), suas águas estão cada vez mais poluídas e impróprias para o banho. Experimente caminhar no final da tarde de um domingo qualquer na praia e você não saberá se está em uma praia ou em um depósito de lixo. “O microlixo (bitucas de cigarros, canudinhos, tampinhas e etc) deixado na areia é um dos maiores vilões nas praias. De acordo com os relatórios que produzimos em nossas ações de limpeza de praia, são os campeões em quantidade coletada nas praias cariocas” afirmam Hildon Carrapito e Anna Turano, coordenadores do Projeto Limpeza na Praia, do Instituto Ecológico Aqualung. Esse projeto, uma iniciativa maravilhosa para dar conscientização ambiental nas praias através de multirões de limpeza, tirou no ano passado em um só evento, oito mil sacolas de lixo das praias cariocas (veja mais na página 16).

Algumas dicas de como Reduzir
- Aproveite as duas faces das folhas de papel, tanto na escrita, quanto para impressão e fotocópias.
- Faça apenas o número necessário de fotocópias.
- Adote coadores, guardanapos e toalhas de pano.
- Revise textos na tela do computador antes de imprimi-los.
- Use envelopes só quando necessário.
- Recuse folhetos de propaganda que não forem de seu interesse.
- Faça assinatura comunitária de jornais e revistas.
- Compre a granel hortifrutigranjeiros, grãos e produtos de limpeza nas feiras e sacolões.
- Substitua descartáveis como copos, talheres, canudos e isqueiros por similares duráveis.
- Aproveite talos e folhas de verduras, cascas de frutas.
- Diminua o desperdício de alimentos e evite embalagens supérfluas, sofisticadas ou de difícil (isopor, caixas tipo longa vida) ou nenhuma (celofane, papel aluminizado) reciclagem no Brasil.

Algumas dicas de como Reutilizar
- Reaproveite envelopes, cartolinas e folhas de papel com verso livre para rascunho ou para imprimir documentos a serem enviados por fax.
- Utilize frascos e potes para outros fins.
- Reaproveite sobras de materiais de construção.
- Antes de descartar tente consertar os utensílios e aparelhos com sapateiros, costureiros, técnicos e restauradores ou transforme-os em outros produtos e doe-os a quem precisa.
Reduzir, Reutilizar e Reciclar
Quando nos preocupamos em diminuir o impacto do lixo, devemos sempre pensar nos três erres: Reduzir, Reutilizar e Reciclar. Reduzir o desperdício, reutilizar sempre que for possível antes de jogar fora e reciclar os materiais. Quando falamos em reduzir, nossa atuação pode começar desde o momento da compra. Deveríamos evitar a compra de produtos com exageros na embalagem, principalmente aquelas de isopor, papel celofane ou papel alumínio, que apresentam pouca ou nenhuma aceitação no mercado de reciclagem e levam muito tempo para se degradar no meio ambiente (veja tabela na página ao lado). Podemos também reduzir o desperdício através de pequenas ações em casa e no trabalho, como utilizar a frente e o verso das folhas de papel e reutilizar os copos descartáveis e os potes de vidros.
Reciclar é, na verdade, separar para a reciclagem, pois os cidadãos comuns não reciclam (a não ser os artesãos de papel reciclado). A melhor alternativa para reciclar, contribuindo assim com um mundo mais limpo, é procurar uma entidade governamental, filantrópica ou uma cooperativa de catadores de lixo, que coletarão o lixo em sua casa ou condomínio (veja tome nota na página 8). A coleta seletiva é uma alternativa ecologicamente correta que desvia uma quantidade significativa de resíduos sólidos de seu destino para os aterros sanitários e minimiza o desperdício, permitindo a reciclagem e a reutilização. Com isso alguns objetivos importantes são alcançados: a vida útil dos aterros sanitários é prolongada e o meio ambiente é menos contaminado. Além disso, o uso da matéria prima reciclável diminui consideravelmente a demanda por recursos naturais.
No Brasil, já são mais de 500 mil catadores espalhados por mais de 3,8 mil municípios. Estima-se que os catadores sejam responsáveis por 90% dos materiais que alimentam as indústrias recicladoras. Segundo levantamento da Associação Brasileira de Alumínio (ABAL) o Brasil desde 2001 se mantém como líder mundial na reciclagem de latas de alumínio. Mas não pense que isso ocorrre devido a um suposto alto nível de conscientização e eficiência ecológica brasileira. Essa posição se deve ao fato de termos no Brasil um exército de miseráveis sem alternativas que sobrevivem e sustentam suas famílias às custas da cata de latas de alumínio.
Reciclando, a humanidade poupa os recursos naturais, economiza energia, reduz a poluição, gera empregos e deixa as cidades mais limpas e agradáveis. De acordo com a ONU, Organização das Nações Unidas, uma tonelada de papel reciclado poupa cerca de 22 árvores, economiza 71% de energia elétrica e diminui a poluição do ar em 74%.
Aquecimento Global
Pesquisas em vários pontos do planeta confirmam que a Terra está sob processo de aquecimento. O aquecimento global é uma hipótese de que o aumento da temperatura da atmosfera é a conseqüência do aumento da emissão de gases estufa, principalmente o CO2, pelas atividades humanas, como a queima de combustíveis fósseis como carvão e derivados de petróleo, de indústrias, refinarias e motores automotivos. O aumento da emissão desses gases aumenta também a capacidade da atmosfera de aprisionar calor. Essa capacidade é conhecida como Efeito Estufa.
Este efeito, ao contrário do que muitos pensam, é um fenômeno natural e benéfico aos seres vivos. Quando se alerta para os riscos relacionados ao Efeito Estufa, o que está em foco é a sua possível intensificação causada pela ação do homem, alterando o clima na Terra.
A atmosfera do nosso planeta é constituída de gases que permitem a passagem da radiação solar e absorvem grande parte do calor (a radiação infravermelha térmica) emitido pela superfície aquecida da Terra. Graças a esse efeito estufa, a temperatura média da superfície do planeta mantém-se em cerca de 15°C. Sem o efeito estufa, a temperatura média da Terra seria de 18°C abaixo de zero. Portanto, o efeito estufa natural sempre foi benéfico ao planeta, pois criou todas as condições para a existência de vida.
A hipótese da intensificação do fenômeno é muito simples, do ponto de vista da física. Quanto maior for a concentração de gases, maior será o aprisionamento do calor e, consequentemente, mais alta a temperatura média do globo terrestre. A maioria dos cientistas envolvidos nas pesquisas climáticas, está convencida de que a intensificação do fenômeno, em decorrência das ações e atividades humanas, estão provocando esse aquecimento. Como não há concenso, o Efeito Estufa ainda continuará a ser objeto de muita discussão entre os cientistas e a sociedade.
Preocupados com o Efeito Estufa e seu impacto no aquecimento global, representantes de 160 países assinaram um acordo em 1997 para a redução da emissão de gases poluentes. O chamado “Protocolo de Kyoto” estipulou metas para a redução da emissão de gases poluentes nos países industrializados. Ainda que o presidente dos Estados Unidos se recuse a assiná-lo, o acordo tentará alcançar uma redução de 5,2% na emissão de seis gases até 2012 (CO2, CH4, N2O, HFCs, PFCs e SF6). Reuniões suplementares continuam sendo realizadas para tentar determinar os parâmetros finais do protocolo.
As conseqüências do aquecimento global, envolvem questões complexas sobre as quais os próprios especialistas ainda não têm opinião formada. É muito difícil prever as mudanças climáticas, os prejuízos e custos da prevenção destas mudanças e planejar ações que possam minimizar os efeitos negativos. No entanto, os efeitos desastrosos já são apontados por especialistas do mundo inteiro e alguns já acontecem embaixo de nosso olhos, como o próprio El-ninõ. As previsões indicam um aquecimento dos mares, que provocará um grande degelo dos polos e o aumento do nível dos oceanos e, consequentemente, a inundação de várias áreas litorâneas. A umidade e o calor provocarão um aumento do número de insetos com o correlato aumento das doenças por eles transmitidas, como a malária. É prevista também uma redução das colheitas na maior parte das regiões tropicais e subtropicais, onde a comida já é escassa. Como se isto não bastasse, haveria um decréscimo da água disponível e, por outro lado, maior risco de enchentes em determinados locais. As áreas mais pobres do globo, por sua escassa capacidade de adaptação, serão certamente as mais vulneráveis. Essas são algumas das conclusões do Terceiro Relatório do IPCC (Intergovernamental Panel on Climate Change), um grupo organizado sob os auspícios das Nações Unidas com a finalidade de estudar as mudanças climáticas.

Faça sua parte, o Planeta não pode mais esperar!
Preserve a fauna - Evite comprar adereços que utilizem produtos de origem animal como penas, plumas, peles, marfim e ossos.
Denuncie o tráfico de animais - Evite ter animais silvestres como bichos de estimação e denuncie o comércio destes animais.
Preserve a flora - Evite comprar móveis ou outros utensílios feitos com madeiras de árvores ameaçadas de extinção, como mogno, imbuía, araucária, peroba, canela e marfim.
Substitua o palmito - Substitua o consumo de palmito juçara, cuja espécie está ameaçada de extinção, pelos palmitos de pupunha, açaí ou palmeira real.
Economize água - Evite o desperdício durante o banho, escovação dos dentes e lavagem de louça, e evite o uso da “vasoura hidráulica” na lavagem de calçadas e ruas.
Evite a contaminação da natureza - Procure consumir produtos cultivados sem o uso de defensivos agrícolas e prefira sempre os produtos reconhecidamente não-poluidores.
Seja um consumidor consciente - Evite adquirir produtos com excesso de embalagens descartáveis, pois consomem recursos em sua fabricação e aumentam muito a quantidade de lixo.
Não desperdice energia - Utilize a energia elétrica racionalmente, evitando deixar ligados aparelhos ou lâmpadas sem necessidade.
Não jogue lixo nas ruas, parques e praias - Veja quantos anos seu lixo pode manter-se na natureza (veja tabela na página 4) e pense que esse lixo pode não só contaminar o ambiente mas também pode levar vários animais marinhos à morte por ingestão. Tartarugas morrem no mundo inteiro ao confundir saco plástico com água viva. Se onde estiver não tiver lixeiras, coloque na bolsa e descarte-o em casa.
Ajude a diminuir a quantidade de lixo - Prefira sempre produtos feitos com material reciclado.
Recicle - Separe o lixo para reciclagem e agende sua coleta seletiva (veja como, no final da matéria).
Participe de projetos ambientais - Há inúmeros projeto onde você pode participar diretamente, como voluntário, ou indiretamente, como associado, contribuindo assim para a preservação ambiental.
Seja um educador ambiental - Transmita para as pessoas e crianças que você conhece a importância de preservar nosso meio ambiente.
Mata Atlântica

O desequilíbrio ambiental e climático já demonstra resultados negativos também para as nossas matas. Junto com o aumento da temperatura temos a previsão de uma diminuição significativa nos índices pluviométricos para as regiões de Mata Atlântica. Ou seja, dentro de 100 anos a área ocupada hoje pela Mata Atlântica será mais quente e mais seca. Isto se até lá não tivermos destruído o que sobrou de uma das matas mais ricas em biodiversidade do mundo. É a floresta mais rica do mundo em árvores por unidade de área, apresentando 454 espécies por hectare no sul da Bahia.
A destruição das florestas e a sua má utilização iniciou-se na época do descobrimento do Brasil. Quando os europeus desembarcaram em nossas terras a Mata Atlântica ocupava cerca de 15% do território brasileiro. Hoje, após uma assustadora devastação, a mata foi reduzida a apenas 7% da área original, ou cerca de 1% do território brasileiro. A situação crítica da Mata Atlântica fez com que a ONG Conservação International incluisse esse Bioma entre os cinco primeiros colocados na lista de Hotsposts __ 25 bioregiões selecionadas em todo o mundo, consideradas as mais ricas em biodiversidade e, ao mesmo tempo, as mais ameaçadas.
Historicamente, os setores agropecuário, madeireiro, siderúrgico e imobiliário pouco se preocuparam com o futuro das florestas ou com a conservação da biodiversidade. Pelo contrário, sempre agiram, e agem até hoje, objetivando o maior lucro em um menor tempo possível. O mais grave é que essa falta de compromisso com a conservação e estímulo ao desmatamento, historicamente, partiram dos próprios governos brasileiros.
Amazônia

Não podemos deixar de mencionar também a forte ameaça que a Floresta Amazônica vem enfrentando. Mesmo sendo considerada (erroneamente) o pulmão do Planeta, suas florestas vêm sendo destruídas há anos por queimadas e desmatamentos, provocando perdas irreparáveis de espécies animais e vegetais.O Ministério do Meio Ambiente já comprovou que o desmatamento só tem aumentado, principalmente nos dois últimos anos. Cerca de 26.130 quilômetros quadrados foram devastados entre agosto de 2003 e agosto de 2004, e o grande vilão é a indústria madeireira. A região é a maior reserva de madeira tropical do mundo e exporta madeira principalmente para os países europeus. A Floresta Amazônica tem 5,5 milhões de quilômetros quadrados, abrigando um terço de todas as espécies vivas do planeta.
Cada espécie animal ou vegetal extinta representa um grave desequilíbrio no ecossistema local e uma enorme perda da biodiversidade mundial. Se falarmos na linguagem que esse setores da economia entendem, podemos comparar com o empresário que compra uma indústria e, sem ter nenhuma noção das funções de seus quadros, demite alguns funcionários a esmo. Correrá o sério risco de ver sua industria parada.
Águas e Oceanos

Os cientistas alertam: “a água potável será um dos primeiros recursos naturais a se esgotar nos próximos séculos”. Alguns países já se deram conta disso e competem ferozmente entre si por esse precioso recurso. Se no passado, as especiarias provocaram muitas guerras, imagine a falta de água. Já existem centenas de conflitos expalhados pelo Planeta. Os principais, como não poderia deixar de ser, estão na África e no Oriente Médio. Na América do Sul, os conflitos pelo uso da água estão concentrados em sua maioria no território brasileiro (Bacia Amazônica, Bacia da Prata, Aqüífero Guarani e Águas Costeiras).
As conseqüências da falta de água e sua contaminação já são uma realidade até mesmo no Brasil, um dos países mais rico em recursos naturais e hídricos do mundo. “Cerca de 89% das pessoas que estão nos hospitais foram vitimas da falta de acesso à água de boa qualidade” diagnostica o Ministério da Saúde.
As atividades industriais, mineradoras e agrícolas são as principais emissoras de poluentes tóxicos responsáveis pela contaminação da água. Entre as substâncias descarregadas, estão os compostos orgânicos do clorinato, minerais, derivados de petróleo, mercúrio e chumbo (todos provenientes das indústrias) e fertilizantes, pesticidas e herbicidas (da agricultura). Com as chuvas, esses poluentes são arrastados para os rios. Outra importante fonte de poluição são os esgotos. Nas cidades e regiões agrícolas, são lançados diariamente cerca de 10 bilhões de litros de esgoto que poluem rios, lagos e áreas de mananciais. Qualquer poluente que entre em contato com o solo ou com a água pode contaminar também os lençóis de água subterrâneos.
Os mares e oceanos recebem boa parte dos poluentes dissolvidos nos rios dos centros industriais e urbanos localizados no litoral. O esgoto, em geral, é despejado sem nenhum tipo de tratamento. O excesso de material orgânico no mar leva à proliferação descontrolada de microrganismos que acabam formando as chamadas marés vermelhas, que matam e intoxicam peixes e outros frutos do mar, tornando-os impróprios para a alimentação. Para piorar, um milhão de toneladas de óleo são despejadas por ano e espalham-se pela superfície dos oceanos, formando uma camada compacta que demora para ser absorvida e mata muitos animais.
Segundo Stjepan Kecknes, diretor do Centro de Programas de Atividades Oceânicas e Costeiras do PNUMA (Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente), oitenta e cinco por cento dos 20 bilhões de toneladas de material poluente despejados anualmente nos oceanos provêm dos continentes. Noventa por cento desse material permanece na área costeira, criando sérios problemas ambientais e de saúde.

Á educação ambiental é ..........

Projeto de Educação Ambiental Parque Cinturão Verde de Cianorte

O QUE É EDUCAÇÃO AMBIENTAL?

A Educação Ambiental é um processo participativo, onde o educando assume o papel de elemento central do processo de ensino/aprendizagem pretendido, participando ativamente no diagnóstico dos problemas ambientais e busca de soluções, sendo preparado como agente transformador, através do desenvolvimento de habilidades e formação de atitudes, através de uma conduta ética, condizentes ao exercício da cidadania.

VALORES DA EDUCAÇÃO AMBIENTAL

A Educação Ambiental deve buscar valores que conduzam a uma convivência harmoniosa com o ambiente e as demais espécies que habitam o planeta, auxiliando o aluno a analisar criticamente o princípio antropocêntrico, que tem levado à destruição inconseqüente dos recursos naturais e de várias espécies. É preciso considerar que:
A natureza não é fonte inesgotável de recursos, suas reservas são finitas e devem ser utilizadas de maneira racional, evitando o desperdício e considerando a reciclagem como processo vital;
As demais espécies que existem no planeta merecem nosso respeito. Além disso, a manutenção da biodiversidade é fundamental para a nossa sobrevivência;
É necessário planejar o uso e ocupação do solo nas áreas urbanas e rurais, considerando que é necessário ter condições dignas de moradia, trabalho, transporte e lazer, áreas destinadas à produção de alimentos e proteção dos recursos naturais.

A EDUCAÇÃO AMBIENTAL NA ESCOLA

A escola é o espaço social e o local onde o aluno dará seqüência ao seu processo de socialização. O que nela se faz se diz e se valoriza representa um exemplo daquilo que a sociedade deseja e aprova. Comportamentos ambientalmente corretos devem ser aprendidos na prática, no cotidiano da vida escolar, contribuindo para a formação de cidadãos responsáveis.
Considerando a importância da temática ambiental e a visão integrada do mundo, no tempo e no espaço, a escola deverá oferecer meios efetivos para que cada aluno compreenda os fenômenos naturais, as ações humanas e sua conseqüência para consigo, para sua própria espécie, para os outros seres vivos e o ambiente. É fundamental que cada aluno desenvolva as suas potencialidades e adote posturas pessoais e comportamentos sociais construtivos, colaborando para a construção de uma sociedade socialmente justa, em um ambiente saudável.
Com os conteúdos ambientais permeando todas as disciplinas do currículo e contextualizados com a realidade da comunidade, a escola ajudará o aluno a perceber a correlação dos fatos e a ter uma visão holística, ou seja, integral do mundo em que vive. Para isso a Educação Ambiental deve ser abordada de forma sistemática e transversal, em todos os níveis de ensino, assegurando a presença da dimensão ambiental de forma interdisciplinar nos currículos das diversas disciplinas e das atividades escolares.
A fundamentação teórico/prática dos projetos ocorrerá por intermédio do estudo de temas geradores que englobam palestras, oficinas e saídas a campo. Esse processo oferece subsídios aos professores para atuarem de maneira a englobar toda a comunidade escolar e do bairro na coleta de dados para resgatar a história da área para, enfim, conhecer seu meio e levantar os problemas ambientais.
Os conteúdos trabalhados serão necessários para o entendimento dos problemas e, a partir da coleta de dados, à elaboração de pequenos projetos de intervenção.
Considerando a Educação Ambiental um processo contínuo e cíclico, o método utilizado pelo Programa de Educação Ambiental para desenvolver os projetos e os cursos capacitação de professores conjuga os princípios gerais básicos da Educação Ambiental (Smith, apud Sato, 1995).
 

Princípios gerais da Educação Ambiental:

·         Sensibilização: processo de alerta, é o primeiro passo para alcançar o pensamento sistêmico;
·         Compreensão: conhecimento dos componentes e dos mecanismos que regem os sistemas naturais;
·         Responsabilidade: reconhecimento do ser humano como principal protagonista;
·         Competência: capacidade de avaliar e agir efetivamente no sistema;
·         Cidadania: participar ativamente e resgatar direitos e promover uma nova ética capaz de conciliar o ambiente e a sociedade.
A Educação Ambiental, como componente essencial no processo de formação e educação permanente, com uma abordagem direcionada para a resolução de problemas, contribui para o envolvimento ativo do público, torna o sistema educativo mais relevante e mais realista e estabelece uma maior interdependência entre estes sistemas e o ambiente natural e social, com o objetivo de um crescente bem estar das comunidades humanas.
Se existe inúmeros problemas que dizem respeito ao ambiente, isto se devem em parte ao fato das pessoas não serem sensibilizadas para a compreensão do frágil equilíbrio da biosfera e dos problemas da gestão dos recursos naturais. Elas não estão e não foram preparadas para delimitar e resolver de um modo eficaz os problemas concretos do seu ambiente imediato, isto porque, a educação para o ambiente como abordagem didática ou pedagógica, apenas aparece nos anos  80. A partir desta data os alunos têm a possibilidade de tomarem consciência das situações que acarretam problemas no seu ambiente próximo ou para a biosfera em geral, refletindo sobre as suas causas e determinarem os meios ou as ações apropriadas na tentativa de resolvê-los.
As finalidades desta educação para o ambiente foram determinadas pela UNESCO, logo após a Conferência de Belgrado (1975) e são as seguintes:
"Formar uma população mundial consciente e preocupada com o ambiente e com os problemas com ele relacionados, uma população que tenha conhecimento, competências, estado de espírito, motivações e sentido de empenhamento que lhe permitam trabalhar individualmente e coletivamente para resolver os problemas atuais, e para impedir que eles se repitam”.

PROPOSTAS DE TRABALHO:

·         Levantamento do perfil ambiental das escolas (se possui área verde, horta, separação de lixo, etc.);
·          Levantamento dos projetos que estão sendo desenvolvidos nas escolas;
·          Acompanhamento de projetos específicos nas escolas que serão desenvolvidos pelos professores (horta comunitária, reciclagem de lixo, bacia hidrográfica como unidade de estudo, trilhas ecológicas, plantio de árvores, recuperação de nascentes, etc...);
·          Mobilização de toda a comunidade escolar para o desenvolvimento de atividades durante a Semana do Meio Ambiente, com finalidade de conscientizar a população sobre as questões ambientais;
·          Realização de campanhas educativas utilizando os meios de comunicação disponíveis, imprensa falada e escrita, TV Cinturão Verde, distribuição de panfletos, folder, cartazes, a fim de informar e incentivar a população em relação à problemática ambiental;
·         Promover a integração entre as organizações que trabalham nas diversas dimensões da cidadania, com o objetivo de ampliar o conhecimento e efetivar a implementação dos direitos de cidadania no cotidiano da população.
Com o intuito de levar às escolas e à comunidade o conhecimento necessário para a construção da cidadania serão envolvidos diferentes órgãos que asseguram os direitos e deveres de cada indivíduo na sociedade. Entre esses órgãos podemos citar, a Policia Militar, o Corpo de Bombeiros, a Vigilância  Sanitária, IAP, etc. Serão trabalhados temas relacionados à melhoria da qualidade de vida da população, por exemplo:
·         Lixo (redução, reutilização e reciclagem);
·         Lixo Hospitalar (destinação);
·         Água (consumo, disperdício, poluição);
·         Florestas (porque preservá-las?);
·         Fogo (prevenção, efeitos negativos ao meio ambiente);
·         Agrotóxicos (riscos para a saúde, danos ambientais);
·         Caça ilegal;
·         Respeito aos animais silvestres e domésticos;
·         Drogas;
·         DST – Doenças sexualmente transmissíveis;
·         Segurança no trânsito;
·         Respeito ao próximo;
·         Noções de saúde (higiene, prevenção de doenças);
·         Cidadania (direitos do cidadão), etc...
Ao implementar um projeto de educação para o ambiente, estaremos facilitando aos alunos e à população uma compreensão fundamental dos problemas existentes, da presença humana no ambiente, da sua responsabilidade e do seu papel crítico como cidadãos de um país e de um planeta. Desenvolveremos assim, as competências e valores que conduzirão a repensar e avaliar de outra maneira as suas atitudes diárias e as suas conseqüências no meio ambiente em que vivem.
Como o aluno irá aprender a propósito do ambiente, os conteúdos programáticos lecionados, tornar-se-ão uma das formas de tomada de consciência, tornando-se, mais agradáveis e de maior interesse para o aluno.
Através de parcerias firmadas entre a APROMAC – Associação de Proteção ao Meio Ambiente de Cianorte; Prefeitura Municipal de Cianorte; Secretaria Municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente – SEMMAM; Divisão do Meio Ambiente; Conselho Municipal do Meio Ambiente – COMMA e Ministério Público serão desenvolvidas ações e atividades diferenciadas conforme a realidade de cada local/região.
Através de atividades e ações programadas, objetivamos promover a sensibilização da população cianortense sobre a importância e a necessidade da preservação e da conservação do Parque Cinturão Verde, visto que esta área é de fundamental importância sócio-ambiental para o município de Cianorte. Ainda a população abrangida pelo projeto receberá conhecimentos de cidadania, saúde, higiene e segurança.
Para o acompanhamento e avaliação das atividades será redigido relatório mensal, onde serão descritas todas as tarefas desenvolvidas sendo apresentado ao COMMA e a APROMAC, ficando disponível a todos para consulta.







Escolas de Vila Velha apresentam projetos ambientais Escolas de Vila Velha apresentam projetos ambientaisAlunos, professores, supervisores, merendeiras e serventes de 11 escolas da rede municipal de Vila Velha vão apresentar à comunidade projetos amb ientais que desenvolveram com o apoio da Secretaria de Meio Ambiente durante todo o ano de 2002, dentro do projeto “Escola da Terra”. Nesta quarta-feira, dia 11, os trabalhos estarão expostos no Centro de Capacitação e Complementação do Ensino Fundamental, na Praça Duque de Caxias.

Ao longo de 2002, o Departamento de Educação Ambiental ofereceu cursos, com direito a trilhas e passeios ecológicos, ao corpo técnico de todas as escolas.

Também foram realizadas oficinas de aproveitamento de materiais recicláveis, como embalagens Pet. As merendeiras incluíram no cardápio escolar receitas que utilizam partes de vegetais que geralmente são jogados fora, mas que contém muitos nutrientes. Para minimizar os impactos ambientais, as serventes aprenderam como utilizar corretamente produtos de limpeza.

Após as oficinas, as escolas desenvolveram projetos, que foram trabalhados junto às comunidades de acordo com as condições e necessidades de cada bairro. A escola José Elias de Queiroz, por exemplo, optou por trabalhar a questão do lixo no rio Marinho. Dentre os projetos apresentados pelas demais escolas ha trabalhos de arborização, preservação de Manguezal, lagoas e Mata Atlântica.

O “Escola da Terra” foi implantado diante da necessidade de modificar a forma da população perceber e interagir com o meio ambiente. O objetivo é estimular a implantação de uma agenda ambiental e acrescentar o tema na metodologia de ensino das escolas, que, através dos projetos desenvolvidos, repassam o que aprenderam aos moradores dos bairros onde estão inseridas, fazendo com que eles valorizem e preservem o meio ambiente.

Os trabalhos estarão expostos das 8h às 17h30. As 19h, haverá entrega de certificados e apresentação de um grupo de contadores de histórias.
Última atualização em Dom, 08 de Dezembro de 2002 21:00
http://www.webanimal.com.br/cao/index2.asp?menu=veterinaria_indice.htmhttp://capricho.abril.com.br/justin-bieber/

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

efdeportes.com
A Educação Ambiental no
contexto da Educação Física Escolar
 
Instituto Estadual de Educação Ponche Verde
Escola Superior de Educação Física - UFPel
(Brasil)
 

Prof. Esp. José Eduardo Nunes de Vargas*
Prof. Ms. Francisco José Pereira Tavares**

fran@ufpel.tche.br
 
 
 
 

    O presente estudo teve como objetivo elaborar uma proposta para o desenvolvimento da Educação Ambiental (EA) no meio escolar através da Educação Física (EF). Inicialmente identificamos as questões que nortearam o estudo, onde procuramos determinar como a EF pode contribuir na formação de valores e atitudes meio ambientais no meio escolar. Para tanto partimos da contextualização da EA, a partir de uma abordagem integrada do homem com o entorno. Após identificamos a competitividade e exclusão presentes no cotidiano da EF escolar. Com base no referencial teórico utilizado elaboramos uma proposição de EF Escolar num modelo de EA. Nesta proposta, identificamos os conteúdos que devem ser trabalhados nas aulas de EF, definidos segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais e apontamos para a necessidade destes conteúdos estarem alicerçados por uma nova ética que privilegie a educação em valores a partir de pressupostos como cooperação, igualdade de direitos, autonomia, democracia e participação. Como encaminhamento final, acreditamos que as reflexões aqui apresentadas possam contribuir, senão para a implementação de um projeto de ambientalização no contexto escolar, ao menos possam ser consideradas algumas proposições ou sugestões a que nos referimos, como rumo inicial que possa nortear outras formulações.
 
 
http://www.efdeportes.com/ Revista Digital - Buenos Aires - Año 10 - N° 69 - Febrero de 2004

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Introdução
    O mundo atual vive uma grave crise de valores e oportunidades protagonizada por vários séculos de exploração e desigualdades. No entanto, esta visão, alicerçada sobre valores antropocêntricos e fragmentados, centra seu enfoque no ser humano e precisa ser superada por uma outra que privilegie a interdependência, a igualdade de oportunidades e a solidariedade, com uma nova visão a cerca da relação do homem com o entorno.
    Neste sentido Reigota (1994) sustenta e identifica uma proposta que vai além de um mero sinônimo de meio natural. Para tanto Tavares (2002) difere claramente Meio Ambiente de Educação Ambiental:
  • Meio ambiente - Definido como o lugar determinado e ou percebido onde os aspectos naturais e sociais estão em relações dinâmicas e em constante interação, acarretando processos de transformação da natureza e da sociedade.
  • Educação Ambiental - Será entendida como uma perspectiva educativa, com caráter de educação permanente, que pode estar presente em todas as disciplinas, na tentativa de enfocar a compreensão e resolução de todos os problemas ambientais planetários.
    Temos convicção de que as idéias meio ambientais devem estar presentes em todos os espaços que educam o cidadão, desde praças e reservas ecológicas, passando por sindicatos e movimentos sociais, até chegar ao sistema educacional, este considerado como um dos locais privilegiados para a consecução da EA (Reigota, 1994). O que concordam Medina e Santos (2000), quando justificam a inserção da EA no currículo, no sentido de uma renovação educativa escolar visando uma melhoria na qualidade de ensino, respondendo às necessidades cognitivas, afetivas e éticas, capaz de contribuir para o desenvolvimento integral do sujeito.
    Para isto se faz necessário uma transformação nos valores e atitudes, afirma Guimarães (2000), para que se ande em direção a uma nova ética, sensibilizadora e transformadora para as relações integradas homem/sociedade/meio ambiente. O que pode ser observado no esquema que segue (figura 1), onde caracterizamos um modelo de EA, adaptado de Gonzáles Muñoz (1999) e referido por Tavares (2002) quando afirma que a Educação Ambiental caracteriza-se por ter um enfoque interdisciplinar, onde as condutas em relação ao entorno devem estar em constante aprendizado.
    Um novo entendimento na relação do ser humano com o ambiente então deve ser concebido, partindo de uma leitura crítica e reflexiva do entorno, caracterizada por um pensar global à cerca das problemáticas meio ambientais a partir da ação local. Este pensamento deve ter claro que os recursos naturais de nosso planeta são finitos e necessitam uma maior atenção à cerca dos recursos renováveis e não renováveis, conjuntamente a uma justa redistribuição e solidariedade que é outro princípio da Educação Ambiental. Finalmente esta solidariedade se fará presente a partir de uma nova ética, sensibilizadora e transformadora para as relações integradas homem/sociedade/meio ambiente, privilegiando o alcance de uma melhor qualidade de vida para todos os seres deste planeta.
    Por outro lado constatamos a Educação Física moldada em arquétipos olímpicos, onde as modalidades esportivas se dedicam ao rendimento e ao alto nível. Este sistema de competição escolar reflete de maneira clara esta constatação, que vai do plano local, passando pelo estadual até chegar ao federal.
    Enquanto orientada nos moldes do esporte de alto nível a Educação Física Escolar coloca o aluno mais como objeto do que como sujeito e indivíduo - exercícios articulares geométricos, proporcionados pela calistenia; formalismo diretivo do método Francês; e prontidões especiais de movimentos, caracterizadas pelo esporte de alto rendimento. As aulas nem sequer motivam e preparam o discente para efetuar em seu tempo livre uma prática esportiva que se reflita por toda a vida (Dieckert, Kurz & Brodtmann, 1985). O binômio Educação Física - Esportes, encontrado dentro das escolas, segundo Moreira (1993) coloca a disciplina como um conteúdo sem identidade e acrítico.
    A Educação Física escolar necessita de uma nova antropologia, onde os modelos de movimento estejam de acordo com a cultura deste país extremamente rico culturalmente, conforme citam Dieckert, Kurz & Brodtmann (1985).
Figura 1 - O paradigma da Educação Ambiental: organização esquemática

    Segundo Negrín Pérez e Torrez Vásquez (2000) a formação de convicções meio ambientais, através da EF, contribui na formação de gerações de homens preocupados com o humano, tendo em vista que o meio ambiente não é responsabilidade somente das Ciências Naturais, pois seu enfoque é interdisciplinar, além de multidisciplinar.
    Os pressupostos que fundamentam uma Educação Física num paradigma ambientalizado no meio escolar, para fins de consecução desta investigação, estão alicerçados nas proposições de Negrín Pérez e Torrez Vásquez (2000), e que explicitamos a seguir:
  • Ao identificar o aluno com seu meio natural a EF permite formar convicções meio ambientais;
  • O desfrute nos alunos pela descoberta de suas possibilidades na preservação do meio natural;
  • A compreensão e aprendizagem de conceitos meio ambientais relacionados com a EF, torna a atividade mais dinâmica e prazerosa;
  • O trabalho no espaço natural provoca uma disposição positiva acerca da natureza;
  • As relações interpessoais e de grupo encontram-se favorecidas.
    Por realizarem-se em sua maioria ao ar livre, as atividades pertinentes a EF, se configuram como um ótimo momento para a formação de convicções meio ambientais e proteção do meio ambiente. Além disto, o contato direto com o meio natural e seus objetivos baseados na eliminação do stress e da sobrecarga intelectual além da manutenção da qualidade de vida colocam a possibilidade do trabalho de uma EA, enfatizam Negrín Pérez e Torrez Vásquez (op cit).
    Além disso, o meio natural apresenta-se como local de grande interesse por parte dos alunos na medida que são realizadas atividades como:
  • Saneamento na comunidade, áreas naturais e no próprio espaço da EF;
  • Excursões;
  • Acampamentos recreativos;
  • Recreação turística como trilhas;
  • Cuidado e preservação das áreas desportivas;
  • Higiene pessoal e do vestuário, assim como da escola;
  • Exposições e outras atividades organizadas pelos estudantes;
  • Debates e seminários em grupos sobre determinado tema.
    Finalmente, a última proposição apresentada por Negrín Pérez e Torrez Vasquez (2000), se refere às relações interpessoais, as quais são analisadas por Vanzan (2000), quando observa que estas relações estão alicerçadas em princípios que buscam o resgate de valores onde hoje, em grande parte da sociedade, estão esquecidos. Estes valores são considerados como uma crença duradoura onde um modo de conduta é preferido de forma pessoal e social em relação a outro. As preferências por determinada maneira de ser são adquiridas através dos processos de socialização, por tanto no relacionamento interpessoal os valores são confrontados, aprendem a coexistir e são justificados em uma relação intersubjetiva carregada de significados. A partir disto se estrutura e organiza uma escala de valores.
    Identificamo-nos com a indicação dos valores que a escola deve promover, apresentados por Vanzan (op cit), onde se encontram a dignidade, a liberdade, o amor, a paz, a convivência, a justiça, a liberdade e a tolerância. Contudo observamos que estes somente serão alcançados pelos discentes à medida que o ambiente escolar estiver alicerçado nos valores citados, onde os docentes estejam com estes explicitados em suas maneiras de ser e a partir daí em sua prática educacional. Neste momento estaremos realizando em nossa prática docente uma EA, Educação esta que se diz, conforme afirma Guimarães (2000), transformadora de valores e atitudes através da construção de novos hábitos e conhecimentos, criando uma nova ética, sensibilizadora e conscientizadora no processo relacional.
    No intuito de promover esta mudança de paradigma em relação aos valores pessoais, a EF utiliza os jogos motores como instrumentos que permitem a oportunidade de criticar, acordar e elaborar normas para a construção de uma forma de pensar e agir harmoniosa e integradora que busque a transformação do atual quadro ambiental do nosso planeta.
    Para Vanzan (2000) o jogo por si só não é bom ou ruim o que deve ser revisto é a forma de utilização do mesmo, a partir da concepção sociológica do professor que os apresenta, que pode ser a de cumplicidade ou criticidade frente aos valores e idéias do modelo dominante. Pois a forma (modo de jogar, restrições, etc.) e o conteúdo (noções, habilidades e atitudes implicadas) do jogo irão afetar a consciência dos alunos.
    Por tudo isto o educador deve se perguntar, conforme refere Skliar (2000):
  • Qual minha atitude pessoal e profissional frente à realidade?
  • Para que modelo de homem trabalho?
  • Quais são meus objetivos e minhas intenções na hora de propor um jogo?
    A partir do esclarecimento dos objetivos, o professor terá a tarefa de eleger o jogo e a forma de trabalhá-lo, tendo claro que estas já estarão facilitadas, pois terá certeza sobre o que quer alcançar com a atividade.
    Os jogos que se coadunam com a EA em relação à EF Escolar, devem ser regidos por alguns indicadores apresentados por Vanzán (2000) e que apresentaremos a seguir:
  • Princípios: Ética social mediada por crítica, diálogo, reflexão, sensibilidade, autonomia, felicidade, criatividade, justiça, intelectualidade e argumentação desde a lógica social.
  • Regras: Jogos com regulamentação que responda a igualdade de oportunidades, equidade, integração, respeito à integridade, liberdade de consciência, desempenho, responsabilidade, solidariedade, compromisso e uso responsável da liberdade.
  • Organização: Consensual, responsável, convivência social pluralista e participativa.
    Contudo este jogo não vai atuar de forma mágica na construção de valores meio ambientais, é necessário que haja um comprometimento de toda a classe docente colocando estes valores como objetivos norteadores do processo de ensino, pois a EA é, antes de tudo, uma perspectiva educacional interdisciplinar que busca chamar a atenção para os problemas ambientais rumo a uma melhoria da qualidade de vida planetária.
    Com base nos pressupostos até então apresentados, encaminhamos uma proposição de EF que deve nortear o trabalho escolar num molde ambiental.
    Nele a Educação Física Escolar possui em seu corpo de conteúdos três blocos que se inter-relacionam entre si, tendo muito teor em comum a pesar de guardarem suas especificidades, segundo manifestação apresentada nos Parâmetros Curriculares Nacionais (Brasil, 1998). Todos estes conteúdos devem ser apresentados, a partir de sua categoria conceitual (fatos, princípios e conceitos), procedimental (saber-fazer) e atitudinal (normas, valores e atitudes), segundo as intenções educativas.
    Estas intenções, segundo Guimarães (2000), devem estar alicerçadas por uma nova ética, sensibilizadora e conscientizadora, para as relações integradas ser humano/sociedade/natureza. A ética ocupa, portanto, papel de fundamental importância na Educação Ambiental, pois o seu conjunto de regras e valores, determina os julgamentos e ações humanos, conforme podemos observado no esquema ilustrado da figura 2:
Figura 2 - A Educação Física Escolar num modelo de Educação Ambiental

    Conforme afirma Tavares (2002), para a implementação de uma Educação Física Escolar nos moldes da Educação Ambiental é necessário que os conteúdos dirigidos pela primeira estejam de acordo com os princípios norteadores da segunda. Para tanto fundamentaremos nossa proposta objetivando alguns destes, definidos como cooperação, igualdade de direitos, autonomia, democracia e participação. Assim sendo a prática diária do professor deverá conduzir para estes, onde o modo de se trabalhar cada um dos conteúdos, mais do que sua seleção deverá estar imbuída por uma consciência meio ambiental.
    Com base neste paradigma que acreditamos ser possível a implantação da EA no contexto escolar através da EF, tanto em termos de trazer maiores possibilidades de se tornar sustentável no tempo quanto em termos de maximização de sua eficácia. E não será a EF isolada no interior dos muros escolares a responsável pela mudança social que propomos. Este paradigma educacional somente será viável a partir de uma visão de totalidade onde a interdisciplinaridade se faça presente, com outras disciplinas se identificando com a proposta da Educação Ambiental, agindo em cooperação na busca de soluções para a problemática meio ambiental.
    Mesmo encontrando resistências para desenvolver um modelo de EA a partir da EF, ainda que de forma muito menos abrangente do que se esteja idealizando, acreditamos que as reflexões aqui apresentadas possam contribuir, senão para a implementação de um projeto de ambientalização no contexto escolar, ao menos possam ser consideradas algumas proposições ou sugestões a que nos referimos, como rumo inicial que possa nortear outras formulações.

Referências bibliográficas
  • BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: Educação Física / Secretaria de Educação Fundamental. - Brasília: MEC / SEF, 1998.
  • DIECKERT, J.; Kurz, D.; Brodtmann, D. Elementos e Princípios da Educação Física: uma antologia. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1985.
  • GONZÁLEZ MUÑHOZ, M. C. Principales tendencias y modelos de la Educación Ambiental en el sistema escolar. Revista Iberoamericana de Educación. Espanha, OEI, n 11, 1999a.
  • GUIMARÃES, M. A Dimensão ambiental na educação. Campinas: Papirus, 2000.
  • MEDINA, N. M. e SANTOS, E. da C. Educação Ambiental: uma metodologia participativa de formação. Petrópolis: Vozes, 2000.
  • MOREIRA, W. W. Educação Física e Esportes: perspectivas para o século XXI. Campinas: Papirus, 1993.
  • NEGRÍN PEREZ, R. e TORREZ VASQUEZ, N. de la. Consideraciones en relación con la Educación Física y la formación de valores medio ambientales. Disponivel: site Lecturas: Educación Física y Deportes (may. 2000) endereço: http://www.efdeportes.com.
  • REIGOTA, M. O que é Educação Ambiental. São Paulo: Brasiliense, 1994.
  • SKLIAR, M. Reflexiones en torno al juego. Lecturas: Educación Física y Deportes (Sep. 2000) endereço: http://www.efdeportes.com.
  • TAVARES, F. J. P. A Educação Ambiental na Formação Inicial de Professores de Educação Física. Rio Grande: 2002. 197 p. Dissertação de Mestrado (Programa de Mestrado em Educação Ambiental) - FURG.
  • VANZAN, J. ¿Competición o cooperación? Disponible: site Lecturas: Educación Física y Deportes (oct. 2000) endereço: http://www.efdeportes.com.